sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

| Sete pra Oito do Um |

Porque hoje sonhei acordada, e era tua.

Feito naquele abraço quente que me deste de presente numa noite tão escura...

Dançante, com o pranto à rolar, cada gota que caía

Suas cordas líam e convertiam em beleza singular.

Esquecíamos da razão.

E as palavras inundavam a folha branca

como forte tempestade em dias quentes de verão.

Alí, o tempo não corria...

As noites eram dias lentos feito adágio.

Nem perigo nem mentira

tampouco mero desejo e ilusão

Éramos um instante insano e sem saída

em uma quinta-feira sem xote, sem cachaça e sem fumaça

Feita só de solidão.